Georges Franju tinha um talento especial para encontrar o lado surrealista na mais brutal das imagens; seja no contexto da ficção ou do documentário, os seus filmes estão impregnados com um desejo de expressionismo inédito no cinema francês, tipicamente mais poético e romântico, do qual Franju também não se distancia completamente. Esta fórmula validou-lhe um estilo único e creio que esta curta, lúgrube e melancólica, basicamente muda, sobre um menino que deambula pelo metro de Paris enquanto procura o seu interesse amoroso, é dos trabalhos mais relaxados e acessíveis do realizador.
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