Dificilmente as palavras podem fazer justiça a um filme como Werckmeister Harmonies; enquanto experiência sensorial, pela beleza da fotografia monocromática, pelo ritmo funerário, pela música emotiva, encontra paralelos apenas na poesia imagética de Tarkovsky, ainda que com uma inclinação para o assombramento. Há um Príncipe, uma baleia, um circo e talvez o mais belo motim da história do cinema. Tudo filmado à distância de um sonho (ou de um pesadelo). São apenas 37 planos-sequência num total de quase duas horas e meia. Tempo bem passado, especialmente numa tarde cinzenta e chuvosa.
Sem comentários:
Enviar um comentário