quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Werckmeister Harmonies (Béla Tarr, 2000)

Dificilmente as palavras podem fazer justiça a um filme como Werckmeister Harmonies; enquanto experiência sensorial, pela beleza da fotografia monocromática, pelo ritmo funerário, pela música emotiva, encontra paralelos apenas na poesia imagética de Tarkovsky, ainda que com uma inclinação para o assombramento. Há um Príncipe, uma baleia, um circo e talvez o mais belo motim da história do cinema. Tudo filmado à distância de um sonho (ou de um pesadelo). São apenas 37 planos-sequência num total de quase duas horas e meia. Tempo bem passado, especialmente numa tarde cinzenta e chuvosa.

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