sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Spring Breakers (Harmony Korine, 2012)

Com o sol a desaparecer no horizonte, visto de St. Petersburg, no coração de Tampa Bay, James Franco toca, num piano branco colocado, vá-se lá saber porquê, no pátio da sua mansão sustentada por dinheiro da venda de droga, as notas de Everytime da Britney Spears, cuja voz fininha é substituída por uma masculina, desafinada e com um ligeiro sibilar provocado pela boquilha em ouro que lhe cobre a dentição, e três vozes femininas em coro, de três loiras intermutáveis, que envergam máscaras de ski cor-de-rosa com unicórnios na testa e seguram caçadeiras ou metralhadoras, cenário este ocasionalmente entrecortado por assaltos à mão armada com os mesmos protagonistas, um deles num copo-d’água, dando um novo significado à expressão “fura-casamentos”, reproduzidos em câmara lenta, as tranças africanas de Alien a esvoaçar, as glândulas mamárias de Vanessa Hudgens, Ashley Benson e Rachel Korine a abanarem, apenas protegidas por fatos de banho garridos, sangue, praia, tiros, piscinas, cerveja, cús, Mozart, spring break forever, bitches.

8/10

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