Os Óscares de 2012 estão entregues! Numa cerimónia mais contínua mas mais agradável que em anos anteriores, com a sempre positiva apresentação de Billy Crystal, os prémios da academia americana de cinema não tiveram grandes surpresas, com The Artist a ser o grande vencedor da noite com 5 estatuetas, incluindo Melhor Filme, Melhor Actor Principal e Melhor Realizador. Pessoalmente, gostei muito de ver o Christopher Plummer ganhar um Óscar, finalmente, tornando-se no actor mais velho a fazê-lo aos 82 anos, Woody Allen a ganhar o seu 4º por escrever Midnight In Paris, e também Octavia Spencer, justíssima vitória e fico mesmo a achar que o seu "eat my shit" em The Help se vai tornar numa citação clássica, pelo menos a mais repetida deste ano cinemático. A única grande desilusão que tive foi não ter visto Emmanuel Lubezki ganhar Melhor Fotografia pelo seu trabalho em The Tree Of Life, talvez o meu preferido do ano, mas, claro, dificilmente um vencedor de Óscares. Saldo positivo - para o ano há mais :)
Melhor Filme: The Artist
Melhor Realizador: Michel Hazanavicius (The Artist)
Melhor Actor Principal: Jean Dujardin (The Artist)
Melhor Actriz Principal: Meryl Streep (The Iron Lady)
Melhor Actor Secundário: Christopher Plummer (Beginners)
Melhor Actriz Secundária: Octavia Spencer (The Help)
Melhor Argumento Original: Woody Allen (Midnight In Paris)
Melhor Argumento Adaptado: Alexander Payne, Nat Faxon, Jim Rash (The Descendants)
Melhor Filme Estrangeiro: A Separation (Asghar Farhadi; Irão)
Melhor Filme Animado: Rango (Gore Verbinski)
Melhor Fotografia: Robert Richardson (Hugo)
Em geral, foi uma cerimónia sem sobressaltos. Acabou por ser um pouco previsivel e para mim a maior surpresa foi mesmo o Scorcese não ganhar em melhor realizador. Não compreendo como o francês Michel Hazanavicius, com uma realização mais simples (mas eficaz) consegue alguma vez suplantar a soberba realização, complexa, com uma enorme paleta de estilos bem conseguidos e... nada? Foi para mim a maior injustiça da noite... de certa forma, parece que a Academia não percebeu a mensagem que vinha do "Tha Artist" (onde a novidade erradica o velho sem olhar a meios - a Academia fez o mesmo).
ResponderEliminarEu adoro tanto o Scorsese como o Malick e a única razão pela qual não sei se preferia ver um deles a ganhar Melhor Realizador é porque ainda não vi o The Artist :P Mas, à partida, também fiquei um pouco triste. Agora, quanto ao Lubezki, há anos que torço por ele e nada, é talvez o melhor director de fotografia da actualidade e zero Óscares.
ResponderEliminarVou ver ;)
O Tree of Life tinha de ter ganho a melhor fotografia, por mais que eu venere o Scorcese mas enfim, apesar de ter achado o Hugo um dos filmes menos interessantes do Scorcese de sempre, tecnidamente era perfeito. Ainda não me entrou o Drive e o The Beginners não serem candidatos a melhor filme ainda para mais com o Alexander Payne mais fraco de sempre a ser. E ainda ganhou o melgor argumento adaptado quando foi, para mim, uma das piores adaptações de um livro do ano. Pior só mesmo o Girl with the dragon tatoo.
ResponderEliminarConcordo. Outro filme que tenho de ver ainda: Beginners :P
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ResponderEliminarVi ontem e gostei mesmo muito, quer pela beleza da história, quer pela forma como é contada. E com enorme interpretações.
ResponderEliminarEnfim uma ceremónia onde o artista saiu premiado, e parece-me que que bem. Claro que a árvore da vida é de longe um melhor filme, mas nunca ganharia o óscar.. o tempo ditará a obra-prima que é a árvore da vida, e de certa forma irá "esquecer" o artista.
ResponderEliminarNa minha opinião tanto o artista quanto o hugo de Scorsese não são grandes filmes, apenas bons filmes. De uma coisa se tem de dar o mérito a ambos os filmes: a homenagem e o tributo aos primórdios do cinema,que certamente abriu os olhos e mostrou a tanta gente o inicio da 7ª arte. Mas de resto nos filmes não vejo nem brilhantismo nem audácia em querer mostrar algo mais que ainda não foi mostrado. Entendo que se calhar não tinham essa ambição, particularmente o hugo, sobretudo tinha como objectivo o entretenimento de um cinema mais familiar, mais nostálgico. Mas sendo assim também não ambicionou a grandes voos, ficando apenas no departamento técnico e visual a sua mestria (o melhor 3D que já vi e bato palmas por isso :))
Abraço
Ainda não vi o Artista e confesso não estar muito curioso, nem sei bem porquê. O Hugo é essencialmente um filme brilhante tecnicamente a que lhe falta alma, apesar das boas intenções. A Árvore da Vida é a obra máxima do Mallick e é revolucionário e inovador em todos os aspectos, úma obra magnífica e que me impressiona cada vez mais a cada visionamento (já vi 4 vezes).
ResponderEliminarA Academia faz escolhas onde normalmente optam por filmes onde impera o sentido de servir a muitos públicos. O Tree Of Life, é um grande filme (dou 8/10 - Muito Bom) mas não é verdadeiramente para todos. Acho que a decisão que encontraram de premiar mais nas categorias importantes o The Artist foi acertada (excepto no capitulo de melhor realizador). É um grandioso filme, e faz de uma maneira mais simples e muito eficaz, não só um grande momento de entretenimento para todos, como também se pode perceber nele muito mais que o mero artificio técnico de filme mudo.
ResponderEliminarSim, na fotografia poderia ter ganho o Tree Of Life, e teriam sido até politicamente correctos em Oscarizar com pelo menos uma categoria boa. Era o minimo... mas acho que eles (os muitos membros) não devem é gostar do Mallick e da sua maneira de ser contra o sistema deles. Ignoraram-no... é como se já tivessem feito muito em nomear...
É uma pena pelo Lubezki, que já devia ter ganho pelo Children Of Men ou pelo The New World.
ResponderEliminarO meu Malick preferido continua a ser Days Of Heaven :)