Já foi há duas semanas, mas para referência futura tenho de fazer uma menção à edição deste ano do festival de Cannes, que se realizou entre 15 e 26 de Maio, com um cartaz de competição variadíssimo e de enorme qualidade, talvez um dos melhores deste século, e que incluía os últimos filmes dos irmãos Coen (Inside Llewin Davis), Soderbergh (Behind The Candelabra), Refn (Only God Forgives), Polanski (Venus In Fur), Gray (The Immigrant) e muitos outros.
Enquanto aguardo com expectativa pela estreia da maioria destes, tenho lido, no rescaldo deste evento, que muitos destes realizadores consagrados não estão na melhor das formas e que a oferta asiática, por exemplo, ficou aquém do esperado, ou pelo menos que realizadores como Miike, Koreeda ou Jia não apareceram na Croisette com trabalhos que podem rivalizar com os melhor que já fizeram nas suas carreiras.
Ainda assim, e tirando a polémica à volta da violência de Only God Forgives e o caricato episódio de um louco ter aparecido a disparar tiros de pólvora seca durante uma entrevista televisiva a Christopher Waltz (!), a cerimónia decorreu com normalidade, reconheceu qualidade na generalidade dos filmes e distribuiu prémios por todos, ou quase. La Vie d'Adèle, do talentoso Kechiche, foi o vencedor da Palma de Ouro. O filme conta com Léa Seydoux numa história de amor lésbica.
Palma de Ouro: La Vie d'Adèle (Abdellatif Kechiche)
Grand Prix: Inside Llewyn Davis (Joel Coen, Ethan Coen)
Melhor Realizador: Amat Escalante (Heli)
Melhor Argumento: A Touch Of Sin (Jia Zhangke)
Melhor Actor: Bruce Dern (Nebraska)
Melhor Actriz: Bérénice Bejo (The Past)
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