O 9/11 foi provavelmente o acontecimento mundial mais importante após a Segunda Grande Guerra, não só pelo choque e dimensão dos eventos desse dia, mas também pelas consequências sociais e económicas que teve e que se fazem sentir ainda hoje, de tal forma que a incredulidade perante o sucedido tem gerado, desde então, uma miscelânea de teorias de conspiração. Muitas delas rejeitam a explicação oficial de um ataque terrorista massivo e acusam antes o governo americano de ter orquestrado tudo, por vezes de formas infundadas. Loose Change tenta apresentar dados credíveis que possam suportar esse sentimento.
O documentário de Dylan Avery começa e acaba com enquadramento histórico, como um prólogo e um epílogo que indiciam precedentes de ataques sofridos pelos EUA, retaliações falaciosas dos EUA e maquinações internas nos EUA. No meio, investiga-se; os mais inconformados dirão que se procura a verdade, os mais cépticos dirão que se entra em negação. Seja como for, é irresponsável renunciar factos. Avery afirma que o 9/11 foi gerado por "war games", ou seja, simulações militares reais de cenários de guerra, que correram mal ou foram desenhados propositadamente para correrem mal e tem muito por onde pegar.
Onde estavam os jactos do exército que podiam interferir com a trajectória dos 4 aviões? Porque é que o Boeing 757 que chocou contra o Pentágono fez no edifício um buraco do tamanho da minha cozinha? Como é que não foram encontrados destroços do voo 93 em Shanksville, Pensilvânia, algo inédito na história da aviação mundial? Sabiam que 9 dos supostos pilotos suicidas foram encontrados com vida em países árabes ou africanos nos últimos 10 anos? O que aconteceu realmente no WTC 7, o terceiro edifício que ruiu, em queda livre, em Nova Iorque nesse dia?
Há muitas pontas soltas, o que se seguiu foi deplorável e Bush, a sua família e os seus colaboradores mais próximos não têm um currículo que abone em seu favor. Há muita especulação, mas Avery consegue pôr o espectador a pensar. A narração de Daniel Sunjata é grave e cativante. Loose Change não encerra todas as respostas, claro, mas levanta questões importantes, com suposições verosímeis, documentos reveladores e testemunhos paradoxais. Não podemos aceitar tudo o que nos é dito. Ainda em 2004, José Maria Aznar mentia sobre os atentados de Madrid, aqui ao lado, em Espanha. A extensão que os segredos dos EUA, única superpotência mundial, podem ter é inimaginável...
8/10
IMDb
Com certeza boa parte da verdade sobre estes atentados não foi divulgada e provavelmente nunca saberemos toda a história.
ResponderEliminarNão conhecia o documentário, ótima dica, vou procurar assistir.
Abraço
Vale a pena!
ResponderEliminarÓtimo texto. Lembro muito bem desse dia... estava num trem, de Lisboa para Madri...
ResponderEliminarAbraços,
O Falcão Maltês
Obrigado :) Eu estava em casa a ver o telejornal. É mesmo daqueles dias em que toda a gente se lembra do que estava a fazer...
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